Apesar de ter recebido mais dinheiro dos patrocinadores e da venda
dos direitos de transmissão televisiva, a CBF registrou queda no lucro
pelo segundo ano seguido, segundo o balanço financeiro da entidade
divulgado nesta terça-feira. O valor caiu de R$ 73,6 milhões, em 2011,
para R$ 55,5 milhões, em 2012. Uma diferença de R$ 18,1 milhões.
O
que fez o superávit não ser tão positivo foi o aumento considerável das
despesas. De todos os quesitos listados no balanço da entidade, apenas
os gastos com materiais não aumentaram. O aumento da "mesada" repassada
às federações estaduais promovido pelo presidente José Maria Marin
refletiu em um desfalque de aproximadamente R$ 18 milhões aos cofres da
entidade. Ao todo, o "programa de assistência técnica aos filiados"
(como descreve o balanço) representou uma despesa de R$ 73,5 milhões.
Os
gastos com pessoal também cresceram quase no mesmo volume: R$ 17
milhões a mais (de R$ 33,5 milhões para R$ 50,6 milhões). É importante
ressaltar que o próprio Marin aumentou seu salário, pagou Ricardo
Teixeira por consultoria e demitiu um treinador da Seleção Brasileira,
contratando outro com maior salário.
O curioso é que o lucro da
CBF caiu em um ano muito produtivo com relação a patrocinadores e
comercialização dos direitos de transmissão. A entidade conseguiu em
2012 arrecadar R$ 235,5 milhões de patrocínios, R$ 16 milhões a mais com
relação a 2011. Os números referentes às transmissões são mais
expressivos: salto de R$ 41,9 milhões para R$ 91,6 milhões (crescimento
de R$ 118%).
"Patinho feio" na queda do lucro referente a 2011,
quando o superávit da CBF diminuiu de R$ 83 milhões (em 2010) para R$
73,6 milhões, o gasto com propaganda não impactou na mesma proporção em
2012. A CBF reduziu o investimento de R$ 12,4 milhões para R$ 3,7
milhões.
Fonte: http://esportes.opovo.com.br
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